Para os padrões do mercado internacional de produtos de luxo, o vestido longo de chiffon mostrado aqui é praticamente uma pechincha: custa, no Brasil, 7 290 reais. Para a maioria dos consumidores, é um preço de lascar. A justificativa da etiqueta salgada começa numa fábrica de 4 000 metros quadrados em Osasco, na Grande São Paulo, onde 157 costureiras se debruçam sobre tecidos, linhas e agulhas para produzir os esvoaçantes modelos de Carlos Miele encontrados pelo mundo. Cada peça é feita com destino certo, seja ele o mostruário da loja do estilista em Nova York, uma arara da Browns, em Londres, ou o armário de uma das várias clientes no Oriente Médio. Estas, com uma peculiaridade: são das poucas a requerer manequim 44, uma enormidade em roupas do gênero. Quase tudo é feito a mão, do corte do tecido ao amassado do busto e aos detalhes decorativos. O modelo aqui mostrado, que atende pelo número 6230386, demora três dias para ser confeccionado, do corte à aplicação da flor. "O luxo é um artesanato de alta qualidade", descreve Miele.
PASSO A PASSO


2. Seguindo as marcações, o corpete é construído no manequim tamanho encomendado antes de ser costurado a máquina.
4. As camadas da saia são montadas no corpete, a mão, e depois passadas na máquina. Avesso e direito do tecido são iguais, pois ambos aparecem quando a roupa está em movimento.


6. A flor que decora a saia é montada pétala por pétala, cada uma com um debrum próprio.

7. A flor é costurada no vestido.

8. Por fim, são cortadas as sobras de linha.

9. A costureira passa e revisa a peça. Se necessário, uma modelo prova o vestido para checar se o caimento está perfeito.
10. Quando tudo estiver pronto e aprovado, a roupa passa ao setor de embalagem, onde é envolvida em papel de seda, etiquetada, colocada em uma caixa, pesada e, por fim, despachada.

Ai... Ai... Sem cometários... Deus deu ao homem uma capacidade criativa fenomenal!
ResponderExcluirLilian